sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Finados na Umbanda

Um tema talvez um pouco polemico ou não, algumas casas se restringem aos trabalhos da Umbanda neste dia outras trabalham normalmente e algumas apenas com descarrego achei este vídeo interessante para abrir uma discussão e reflexão sobre o caso, postem as suas experiencias para que possamos aprender cada dia mais.


DIA DE FINADOS NA UMBANDA
Neste mês de novembro, no dia 02,temos por tradição o dia de finados.
Para nós, umbandistas, esta data tem grande importância por tratar-se do dia em que louvamos a força e o poder do Divino Orixá Pai Omulu, o Senhor da Morte e das Transições no Universo Divino.
De uma forma geral, na sua doutrina, a umbanda se apega intensamente na Vida, ou seja,em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, podermos garantir um lugar bom nas esferas espirituais.
Hoje, quero comentar sobre a visão da morte e a importância da mesma, sendo que cultuamos uma Divindade regente desse sentido da vida.
Para a Umbanda a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, da passagem encarnatória. Após o ato da morte física do ser encarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumuladas durante a passagem no corpo físico.
Aqui no plano físico ,estamos numa esfera neutra ou mista,onde tudo se encontra,sem distinção.
Já no plano astral,os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais.
Logo,se o ser vibrar ódio,um lugar com seres odiosos será sua morada.Se vibrar o amor,sua morada será um lugar agradável.Nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte.
Então,nada se acabará com o fim da vida física,quando o corpo perece este é o fim de uma etapa e o início de outra.Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual.Assim ,o contrário acontece quando reencarnamos:”morremos”para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico.
Nós umbandistas,devemos nos preocupar com o que criamos na nossa vida,pois já podemos desconfiar do resultado no desencarne.A Umbanda não crê em ressureição,como não crê em um Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho,uma vez que ela prega a transcendência que cada ser deve alcançar.Ninguém fará nada por ninguém,cada qual com seu quinhão.No entanto,a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser.
No dia de finados,é fundamental que o umbandista,ao realizar o culto ao Divino Orixá Pai Omulu,vibre seus pensamentos nos antepassados,seus parentes desencarnados,solicitando ao Pai Omulu que ilumine a todos ,pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas suas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz,pode ser oportuno de acontecer este resgate,e,aquele que já esteja em situações privilegiadas,então se sentirá gratificado pelas vibrações,além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.
O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo ele não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a esse Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa Vida, por exemplo, o fim um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas. Neste momento de finalização lá está presente a vibração desse Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais, também posso citar a mudança de emprego, de moradia, fim de amizade, etc...
Sempre em situações, principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos,é esta a vibração divina que se faz presente na Vida dos envolvidos. Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na Cerimônia Fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos
Fonte: Templo Umbandista Estrela Dourada.

domingo, 19 de outubro de 2014

Uma Visão Americana sobre os nossos Orixás

Bom dia amigos do Umbanda - Minha fé, 
Dentro das pesquisas em busca de imagens para Ilustrar o Facebook e o Blog acabei encontrando uma revista Americana que postou fotos feitas com modelos sobre os Deuses da Mitologia Africana nossos Orixás queridos, olha nada contra algumas fotos ficaram bonitas e bem interessantes e outras nem tanto, usaram e abusaram da sensualidade extrema, bem o que se pode dizer eles não são profundos conhecedores da religião de Umbanda e Candomblé, e pelo que me parece são uma revista de moda em um artigo aleatório reproduzindo as fotos de um Fotografo famoso da celebridades chamado  James C. Lewis da Noire3000 | N3k Photo Studios localizada em Atlanta nos Estados Unidos


Vou deixar aqui uma amostra das fotos produzidas:

Bom vejam e analisem vocês mesmos, mas gostaria muito de saber a opnião real de cada um essa foi a minha!



 AS DEMAIS ESTÃO COM POUCA ROUPA AO MEU VER.

sábado, 18 de outubro de 2014

PEDIDOS DE CHUVAS EM SÃO PAULO - OYA E YANSÃ



Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É uma divindade das águas como Oxum e Iemanjá, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das divindades que ao lado de Ayrá e Orixá Afefê controla os ventos. É conhecida também como Iansã.

Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade. Assim como a Orixá Obá, Oyá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações. Para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukerê especial chamado de Eruexim com o qual estaria protegida dos Eguns. Oyá é a terceira deusa de temperamento mais agressivo, sendo que a primeira é Opará e Obá é a segunda.

O nome Iansã trata-se de um título que Oyá recebeu de Xangô que faz referência ao entardecer. Iansã quer dizer A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer. Era como ele a chamava pois dizia que ela era radiante como o entardecer.

Os africanos costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue Xangô o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Pontos de Chamada Aos Boiadeiros

Alguns Pontos de Boiadeiros na Umbanda em Video para mficar mais fácil pegar a letra e o ritmo.
Deixem também os seus pontos Vamos divulgar e aprender uns com os outros.



Todos muito bonitos sempre se tiver alguma sugestão de mais pontos compartilhe aqui conosco.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Boiadeiros na Umbanda

Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações.

 Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores etc.
Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades.
O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras.
O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades.



É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

Existem, no Astral, muitos espíritos que, em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos, dedicando-se a criar e a domesticar esses animais, tão úteis à humanidade, já que até um século atrás o cavalo era o principal meio de transporte. Foram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc., e guardam em suas memórias recordações preciosas e inesquecíveis daqueles tempos. Em homenagem a eles é que se construiu, no Astral, o Arquétipo da Linha dos Boiadeiros.

Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores etc.

Nem todos foram, de fato, “boiadeiros”, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo específico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer uma energia vigorosa, muito útil na quebra de cargas e magias negativas e para desfazer “cristalizações” mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei Divina e na Linha do Tempo.

A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados.

Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Oyá-Tempo e de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação.
Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás (Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.

Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta “o boi” desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso.

Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo.

Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns”).


Dentro da Linha de Boiadeiros, em algumas Casas também se manifestam os “Cangaceiros”, simbolizando os espíritos daqueles que em recente encarnação viveram no sertão e lutaram contra grandes injustiças sociais. Isso pode parecer estranho, à primeira vista, e muitos se perguntam o quê um “cangaceiro” teria a oferecer, em termos de trabalho espiritual de ajuda.

Ocorre que os “cangaceiros” do sertão brasileiro de fato surgiram, em meados dos anos 1920, para defender as populações humildes dos maus tratos e desmandos dos “coronéis” e demais detentores do poder material, que massacravam os menos favorecidos, tomando-lhes muitas vezes até as mulheres, os poucos bens e a dignidade pessoal. Esses homens “poderosos” mandavam e desmandavam, pois se achavam acima das leis humanas e, por certo, não conheciam ou não respeitavam as Leis Divinas. E os “cangaceiros” (Lampião e seu “bando”, os mais famosos) representaram, à época, um movimento popular de revolta e combate a tais desmandos. Foram marginalizados, até porque aos “poderosos” isso convinha. É provável que tenham cometido lá seus excessos também, respondendo à violência das armas com outras armas; mas, pelo menos, tinham a justificativa de estar lutando pelos mais fracos. Já os opressores, qual desculpa teriam?

Enfim, o temperamento combativo desses espíritos de certa forma foi-se agrupando à Linha dos Boiadeiros e eles começaram a se manifestar para trabalhar, nos Terreiros de Umbanda que os acolhiam. Não são “bandidos e malfeitores”, mas espíritos que têm identificação com o Arquétipo do sertanejo forte e destemido.

FONTE: “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, 2007